no meu jardim de cássias à beira ervas que se devoram,
abeberava-se um lagarto tangido às ocultas
com as chuvas do inverno amargo,
enquanto minhas mãos imprecisas pela lua
ateavam fogo nos seixos às escondidas dos urubus.
no meu jardim à beira ervas melancólicas
acometia discórdias em sonhos insignificantes,
e a lua depõe seu sangue sombrio
sobre minha noite sem amor.
Nelson Magalhães Filho
7 de Maio, Lançamento novo Livro MIL "A Escrita do Sudoeste ou Cónia: uma
Escrita Pré-Romana a Sul da Lusitânia", de Rui Martins...
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- "A Escrita do Sudoeste ou Cónia: uma Escrita Pré-Romana a Sul da
Lusitânia", Lisboa, MIL/ DG Edições, 2024, 296 pp.
ISBN: 978-989-35619-1-1
*Mais Li...
Há 4 horas
3 comentários:
quando eu leio este poema me vem a cabeça mais do que as palavras, por que a poesia de nelson magalhães filho trabalha em duas frentes:
uma é a significação das frases das orações, outra é o mundo que nasce das palavras e nesse mundo as apalvras já não são paLAVRAS, ANTES SÃO SENTIDOS, SÃO EMOÇÕES, são encantamentos.
e quando eu leio a poesia de nelson magalhães filho saio da leitura encantado e não me desencanto mais.
bela transformação.
...no teu jardim, há um lugar à beira seiva, onde corre verde a vontade e o desejo...procura-o.
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